Postura Cifótica-Lordótica

Confira abaixo um conteúdo sobre a hipercifose torácica, uma alteração postural comum causada por hábitos do dia a dia. Entenda como ela afeta o posicionamento da coluna, escápulas e cabeça, os músculos envolvidos, os desequilíbrios que surgem e como o corpo cria compensações. Veja também sugestões de exercícios para melhorar esse padrão postural e dicas sobre como tornar o treino realmente funcional — não só cansativo.

Leonardo Vinícius

7/9/20252 min read

HIPERCIFOSE TORÁCICA.

Essa posição da coluna torácica é quando ela aumenta o seu grau de inclinação para frente. Essa posição da coluna pode gerar outras alterações em algumas peças ósseas que ficam próxima a essa região, como uma alteração no posicionamento das escápulas e uma alteração na posição da cabeça projetando-a para frente.

A inclinação do tronco a frente é comum nas nossas atividades diárias, pois tudo o que fazemos é na frente do nosso corpo, e geralmente um pouco mais abaixo da linha do nosso peitoral. Com isso, com uma atividade constante em uma mesma posição pode fazer com que busquemos mexer nosso corpo para outra posição mas sem parar de fazer a função de antes.

Daí, começamos a adotar um padrão postural um pouco mais fletido devido ao cansaço e a sobrecarga dos músculos anteriores do nosso corpo.

Os músculos atingidos, em quem tem uma hipercifose torácica, com uma sobrecarga de ativação e com um padrão encurtado são Peitoral maior, Peitoral menor, Grande dorsal e Redondo maior.
Com uma fraqueza dos músculos antagônicos aos citados anteriormente, sendo eles Trapézio médio, Trapézio inferior e Romboides, dos quais estarão com um padrão mais alongado em seu comprimento.

Aos que leem tais informações devem pensar que a pessoa que tem essa postura está toda f#dida. Mas não é bem assim, o corpo do ser humano se adapta muito bem, onde ele vai criar várias formas de fazer o corpo se locomover ou realizar alguma função com o mínimo de esforço. Então ao perceber que algo não está certo em algum músculo/osso, ele utiliza de outra parte do corpo para realizar a função desejada. Daí que vai surgindo as compensações e as más posturas, causada por excesso de uso de alguns músculos e pouca utilização de outros.

Para uma melhora nesse quadro de postura (que pode prejudicar a pessoa que a tem no presente ou em um futuro próximo) é necessária uma intervenção de exercícios de alongamentos para os músculos encurtados. Podendo fazer o exercício de alongamento de peitoral menor no espaldar, alongamento de dorsal no espaldar e alongamento dos rotadores externos com bastão. E claro diminuir o volume de exercícios para tais músculos (os que estão em um estado encurtado) e trabalhando exercícios em que estes estejam em um padrão mais alongado.

Por consequência deve-se aumentar o trabalho para os músculos que estão fracos, usando de exercícios como retração das escápulas e exercícios de remadas.

Uma má postura nem sempre vai gerar dor. Porém, com o passar do tempo e mantendo os mesmos hábitos em posições e funcionalidade no dia a dia, ao fazer uma mudança de movimento, em ângulo no qual não recebe muita atenção, pode-se perceber uma redução na amplitude de movimento. E em alguns casos com leve incomodo ao chegar próximo do ângulo de menos atenção.

Conseguir identificar as posições de partes ósseas dos alunos é que ditará a ordem da prescrição dos exercícios juntamente com o volume de treino para o mesmo.

“Prescrever” um treino que faça uma pessoa se cansar é fácil, vejo várias pessoas prescrevendo esses treinos por aí (e quando digo várias pessoas, incluo também “personais”) agora prescrever um treino que faça a pessoa se tornar funcional... aí já é outra história.

Obs: aos que já me conhecem a um tempo sabe o porquê coloquei personal em aspas... quem sabe um dia não falo disso por aqui.

Referências:

Músculos: provas e funções/ Florence Peterson Kendall ... [et ai.] ; [tradução Marcos Ikeda; revisão científica Fátima Caromano]. --Barueri, SP: Manole, 2007.