Insulina e Seus Contrarreguladores
A insulina vai muito além do que se imagina — ela é essencial para o transporte de energia, construção muscular, recuperação e até performance física. Se você treina, busca saúde ou simplesmente quer entender melhor como seu corpo funciona, assista o vídeo abaixo e leia até o final e descubra o que esse hormônio pode fazer por você.
Leonardo Vinícius
6/30/20253 min read
Insulina é um hormônio peptídico (hormônio composto por pequenas cadeias de aminoácidos) secretada pelo pâncreas, mais precisamente pelas células beta das ilhotas de Langherans.
A secreção de insulina no corpo se dá devido a presença abundante de energia na corrente sanguínea, energia essa vinda da glicose e de alguns aminoácidos (Arginina, Leucina, alanina).
O excesso de glicose, que não foi utilizado de forma imediata para formar energia, é estocado no organismo na forma de glicogênio no fígado (glicogênio hepático) e nos músculos (glicogênio muscular).
Quando exageramos na ingesta de alimentos podemos gerar uma saturação na quantidade de glicogênio, a saturação de tal molécula pode gerar um aumento dos estoques de gordura, principalmente no fígado. Esse aumento de gordura não se dá necessariamente somente pelo aumento da quantidade de gordura, mas sim porque a insulina age de forma inibitória a uma enzima que quebra a gordura do tecido adiposo, a enzima aqui citada se chama Lipase Hormônio Sensível (LHS).
A LHS é uma enzima estimulada nos períodos de jejum pelos hormônios contrarreguladores da insulina (glucagon, cortisol, GH e adrenalina) para que o nosso corpo continue recebendo energia mesmo quando não estamos nos alimentando.
O Glucagon é o principal contrarregulador da insulina, ele age de forma que cria um ambiente homeostático. Algumas horas depois que alimentamos o nível de glicose diminui e, para que o cérebro continue recebendo energia, o glucagon age no fígado liberando a glicose armazenada na forma de glicogênio para a corrente sanguínea. Chamamos esse processo de glicogenólise
No nosso corpo existe uma certa prioridade da distribuição de energia, sendo o cérebro e os glóbulos vermelhos a serem os primeiros a receberem tal distribuição.
No período de jejum o glucagon ativa LHS no tecido adiposo, quebrando a gordura (aumento da lipólise) fazendo com que os ácidos graxos sirvam como energia.
Glucagon e cortisol são responsáveis também pela formação de glicose no fígado utilizando de compostos que não são carboidratos como os aminoácidos, lactato e glicerol. Essa formação de energia no fígado através de moléculas que não são de carboidrato recebe o nome de gliconeogênese. Esse processo ocorre no período de jejum quando os níveis de glicose no sangue estão baixos.
Voltando na glicogenólise, essa ação também é ativada pela adrenalina durante o exercício físico utilizando das reservas do glicogênio estocadas no músculo pra auxiliar na produção de energia.
O nosso corpo vai sempre usar de várias estratégias para manter as funções básicas de sobrevivência, sempre arrumando um jeito de levar energia a órgãos que nos mantenham vivos. Porém, estando nós em um senário perfeito (onde não estamos em uma situação de perigo ou necessidade) podemos nos beneficiar das respostas fisiológicas do corpo para melhorarmos nossas performances, seja em um esporte ou até mesmo em nossos afazeres do dia a dia.
Sabendo das informações acima, é possível perceber que a insulina ajuda a levar nutrientes para dentro de nossas células, nutrientes esses que nos permitem gerar energia e criação de novas proteínas que podem nos beneficiar em uma recuperação de um estresse causado nos músculos, por exemplo.
Percebo que, para a maioria da população a insulina só lembrada em casos onde se deparam com alguém que está diabético ou com alguma coisa errada em algum exame.
Saber das informações que foram passadas aqui nesse texto junto com os complementos dos vídeos, vai te deixar mais por dentro sobre o que realmente é esse hormônio, sobre os benefícios e riscos ao redor dele.
Aconselho a você, caro leitor, que veja o vídeo postado aqui acima. E se ainda quiser saber mais sobre o assunto, há um reels pequeno no meu perfil do Instagram.
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Referências:
Hormônios no fisiculturismo (história, fisiologia e farmacologia) / Dudu Haluch- Florianópolis: Letras Contemporâneas 2019
Nutrição no fisiculturismo (dieta, metabolismo e fisiologia) / Dudu Haluch- Florianópolis: Letras Contemporâneas 2018
